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Pesquisadores de MG fazem teste de DNA e revelam fraudes em alimentos

Em Minas Gerais, pesquisadores da universidade federal encontraram uma forma super eficiente de investigar o conteúdo verdadeiro de determinados produtos e saber se o que está dentro da embalagem é o que o rótulo promete.

Será que é fácil levar o peixe certo para casa?

Jornal Nacional: A senhora conhece tilápia?
Consumidora: Conheço.
Jornal Nacional: Merluza?
Consumidora: Conheço. Sou filha de pescador.

Mas nem todo mundo tem esta sorte.

Cláudia Maria, dona de casa: Comprei gato por lebre. Cheguei em casa era cação.
Jornal Nacional: E a senhora pediu?
Cláudia Maria: Merluza. Me passaram a perna, mas, ficou por isso mesmo.

E a mozarela de búfala que a Elaine comprou? Será que é pura? “Estava escrito. Era mozarela de búfala”, diz Elaine.

Em um laboratório, na Faculdade de Medicina Veterinária da UFMG, foram testadas 204 amostras de produtos feitos 100% com leite de búfala, de acordo com o rótulo. Um terço das amostras tinha leite de vaca na composição.

“O leite de vaca muitas pessoas são alérgicas. Então se ele está adicionado ao produto que de deveria ser produzido só com leite de búfala esse é um problema sério”, afirma Denise de Oliveira, professora da Faculdade de Medicina Veterinária/UFMG.

O método usado pelos pesquisadores é semelhante ao teste de paternidade. É isolado o DNA do produto a ser testado e comparado com uma sequência sintética do DNA do produto verdadeiro.

No caso dos peixes, as amostras foram recolhidas nos estados da região Sudeste, em várias cidades. Os pesquisadores compravam os peixes ou recolhiam pedacinhos em refeições de restaurantes, lanchonetes ou até guardavam a metade do sanduíche de um colega. A fraude descoberta nesses testes de DNA é grande. Por exemplo: 70% do que era identificado como merluza não era merluza, era outro peixe.

“O filé, ele é um peixe liso, então você só vê a carne. Quando você vê a carne fica muito mais difícil você identificar se é um peixe ou outro”, conta Danilo Alves Pimenta, biólogo.

O teste no bacalhau mostrou o que os olhos da gente não veem. Mais de 60% das amostras não eram bacalhau. O pedaço mostrado no vídeo acima, por exemplo, é peixe salgado seco. Os pesquisadores agora estão avaliando carnes de dez tipos de animais.

“A intenção é que isso seja disponibilizado para o consumidor. Senão, não tem sentido você fazer uma pesquisa e ela ficar guardada a sete chaves. Qual o objetivo disso? Então, nós queremos sim disponibilizar testes que sejam úteis para a comunidade”, conta Denise de Oliveira.

Veja o vídeo:

 

FONTE: G1

 

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