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Testes de DNA garantem a origem e a qualidade de diversos alimentos

Carla Modena 

 

O Natal está chegando e muita gente que já planejou a ceia do dia vinte e quatro, não abre mão de ter bacalhau na mesa. Mas, quando se trata desse peixe, é bom ficar esperto. Você pode estar levando para casa outro peixe.

Em Minas gerais, um laboratório vai passar alguns alimentos, como carnes, peixes e queijos, pelo teste de DNA. Isso mesmo. É para evitar fraudes contra o consumidor.

A receita é de despertar o apetite, mas não deixa esquecer a fama do bacalhau. Dona Isabel Durigon Magro compra sempre no mesmo lugar. Tem cara de bacalhau, tem cheiro de bacalhau, tem preço de bacalhau, mas como ter certeza que o produto não é assim, uma falsificação? Só tem um jeito: levar o peixe para o laboratório e examinar o DNA.

No laboratório, eles separam uma amostra do peixe e conseguem fazer, por exemplo, o sequenciamento do DNA do produto, que é comparado com um banco de dados mundial. Assim, o laboratório identificou fraude em 26% de mais de 200 amostras de pescado analisadas.

"Lesa bastante o consumidor final, principalmente por uma questão econômica porque ele está levando o que a gente chama de gato por lebre. Dependendo da espécie que é colocada no lugar ou que é adicionada em determinado produto, ela pode causar dano, risco à saúde do consumidor final", diz Marcela Drummont, presidente da Myleus Biotecnologia.

O teste de DNA já é feito em mussarela de búfala, que ganhou um selo: 100% búfalo. Agora a ideia é usar em escala maior no mercado, certificando peixes, carnes e ervas. Para isso, um laboratório de biotecnologia e um instituto de certificação lançaram um novo selo com o nome "Está no DNA".

Há mais de duas décadas a indústria do café trabalha com um selo para certificar a pureza do produto. Nesse caso a análise é em microscópio. O resultado foi a diminuição da fraude e a venda de um produto melhor para o consumidor.

“A tendência é que com mais industrias usando este selo, as fraudes automaticamente diminuam. Vai ficar claro também a razão daqueles que não tem o selo. Talvez não estejam seguindo a procedência das espécies”, afirma Fernando Lopes, diretor-presidente do Instituto Totum.

 

Fonte: Jornal Hoje

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