Por Marcelo Furtado
O Green Building Council Brasil (GBC Brasil) já tem 11 postulantes à certificação Zero Energy Building, considerados ainda em escala piloto, para que gerem ao final dos processos a versão definitiva do guia de referência para certificação. O programa foi oficialmente lançado nesta terça-feira (8/8), durante o primeiro dia da conferência internacional GreenBuilding Brasil, em São Paulo.
Destes projetos, dois já foram auditados e aprovados, já que as operações de suas usinas de geração já estavam ativas: a sede do Sebrae de Cuiabá, no Mato Grosso (Centro Sebrae de Sustentabilidade) e a da Geonergia, em Tamboara, PR.
No Sebrae, uma microusina de 45 kWp instalada em maio de 2016, com 180 painéis fotovoltaicos, aliada a ações de aproveitamento de luz natural e eficientizações, fez com que a edificação deixasse de pagar de R$ 8 mil a R$ 9 mil na conta mensal de energia, sendo cobrada pela Energisa apenas pela tarifa de conexão ao fio de R$ 80,00.
Do consumo anual de 30.5044 kWh, foi atestado pelas medições auditadas que 32.000 kWh/ano foram gerados e compensados no primeiro período de operação. O excedente foi compensado pelo prédio da sede do Sebrae, onde também há uma microusina de 75 kWp, que geram de 30% a 45% da demanda dessa edificação.
A certificação do GBC Brasil é resultado de ação global do World Green Building Council, do qual a unidade brasileira faz parte, como resposta às recomendações da COP 21 de que, se até 2050 as edificações novas se tornarem autossuficientes em energia, seria o suficiente para manter o aquecimento global em até 1.5º C.
O Brasil foi o segundo país a adotar a certificação Zero Energy Buidling, com o guia de referência pronto em julho. O Canadá foi o primeiro dos 10 países do mundo que o conselho global do GBC recomendou a adoção do programa.
Além do Sebrae e da Geonergia, também têm projetos pilotos em processo de certificação ou preparação os seguintes locais: Centro de Inovação em Construção Sustentável da USP; RAC Engenharia, Curtiba, PR; Creche Municipal Hassis, Florianópolis; sede do Sinduscon, Curitiba; Casa do Futuro, Atibaia, SP; Montage Botafogo, Campinas, SP; Lar Verde Lar, Governador Valadares, MG; Casa Mão Verde, Piracicaba, SP; e De Paola & Panasolo Advogados, Curitiba, PR.
Podem se candidatar residências unifamiliares sem limite de metragem mínima ou edificações a partir de 100 m2.
A certificação é concedida mediante auditoria de terceiros que comprovem que o consumo da rede de energia local da edificação é zerado por uma combinação de eficiência energética e geração própria por energia renovável. É possível também a complementação de 5% por fonte não-renovável, em sistema off-grid, desde que compensado pela geração renovável. Outra permissão é a compra de até 10% do consumo anual de créditos de energia renovável (REC Brazil).
    
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