O mercado nacional de certificação de energia renovável cresceu significativamente desde o seu lançamento, em 2014. Em 2017, de janeiro até o agosto, o número transacionado de Certificados de Energia Renovável, os chamados RECs Brazil, superou as expectativas, atingindo um total 126.905, crescimento de 18% sobre todo o ano anterior. Quando começou, há três anos, foram negociados 350 REcs. Cada certificado equivale a 1 MWh de eletricidade produzida a partir de fontes renováveis.
Há no país 19 parques de energia renovável capazes de gerar RECs, de acordo com o Instituto Totum, responsável pelo gerencialmente do Programa de Certificação de Energia Renovável brasileiro juntamente com a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, a Associação Brasileira de Energia Eólica e os apoiadores Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. Desses 19 parques, 15 já possuem o registro na plataforma internacional IREC, reconhecida mundialmente. São eles: 8 empreendimentos eólicos da Atlantic, 3 eólicos da Voltalia, dois hídricos da AES Tietê, uma eólica da Statkraft e uma eólica da Embrasca.
O ritmo de crescimento e a demanda por compra de energia renovável tem surpreendido o Instituto Totum. A aquisição de RECs sinaliza ao mercado que as empresas preferem consumir energia renovável e, ao mesmo tempo, mostra o compromisso com a mudança de comportamento energético.
O diretor do Instituto Totum, Fernando Lopes, destaca que até fevereiro de 2018, todos os empreendimentos com chancela REC Brazil migrarão para o padrão global I-REC. O I-REC é uma plataforma internacionalmente aceita para registro, emissão e transferência de Certificados de Energia Renovável, permitindo aos consumidores rastrear seu consumo de energia renovável certificada. Atualmente, a I-REC está disponível na América Latina, Ásia e África, lembrando que Europa e Estados Unidos já possuem sistema regulado para Garantias de Origem da Energia e RECs.
A expectativa do Totum é que até o final de 2017 o mercado tenha movimentado cerca de 1.000.000 RECs, alavancado principalmente pela aquisição por empresas participantes da plataforma de relato de emissões de gases de efeito estufa, chamada protocolo GHG. Empresas que provem a aquisição de RECs compatíveis com seu consumo de energia poderão reportar emissões zero para essa categoria. Outras iniciativas que demandarão mais RECs serão a Certificação Leed e a Certificação Zero Energy Building, que permitem o uso de RECs para provar consumo de energia renovável em edificações sustentáveis.
FONTE: CanalEnergia / UDOP / Diário do Nordeste / Envolverde