Um novo projeto de certificação dos empreendimentos geradores de energia renovável foi lançado nesta quarta-feira (14/08) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel). Os certificados serão entregues para pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e a biomassa. Já os selos serão dados aos compradores das energias dessas fontes que possuem o certificado, ao qual poderão agregar aos seus produtos uma espécie de “rótulo de sustentabilidade”.
O presidente da Abragel, Charles Lenzi, explicou que, para receber a certificação, as empresas seguem uma série de critérios socioambientais. “A ideia desse projeto surgiu dessa demanda do mercado, que procura um produto com essa característica de sustentabilidade”, destacou Lenzi. O presidente acrescentou ainda como os consumidores valorizam os produtos certificados com base em critérios de sustentabilidade, exemplificando os produtos feitos a partir de materiais recicláveis.
O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, prestigiaram o lançamento do certificado. Lobão afirmou que o Brasil é hoje um dos países que mais cresce no avanço da energia eólica, citando que 3% de toda a energia no Brasil vem de geradores eólicos. O ministro citou ainda a frase da presidente Dilma Roussef sobre o avanço nos projetos de energia limpa no país. “Somos e seremos os campeões mundiais de energia limpa, o país que sempre saberá crescer de forma saudável”, disse.
Já a ministra Izabella Teixeira, destacou a importância do trabalho conjunto dos Ministérios de Minas e Energia com o de Meio Ambiente. “Temos que trabalhar a interlocução da matriz energética, entre a política e o setor de energia. Precisamos também dar uma celeridade na questão do licenciamento, evoluir para sistemas que possam acelerar as dinâmicas de investimentos setoriais”, disse a ministra. Izabella Teixeira acrescentou ainda que a área ambiental deve ser uma pré-condição de investimento e não o oposto, uma restrição
No evento, cinco empresas já receberam o certificado, sendo elas: PCHs Ninho da Águia e Pinhal (CPFL Renováveis); PCH Porto das Pedras (Atiaia Energia); Complexo Eólico Bons Ventos (CPFL Renováveis); e Eólico Honda Energy do Brasil (Honda Energy).
Para a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Melo, a tendência é expandir a certificação futuramente e não ficar apenas no mercado livre de energia. “26% dos consumidores de energia são do mercado livre. Mas a ideia não é parar por aí. Uma vez que esse projeto esteja estabelecido e diluído, nós queremos levá-lo ao mercado regulado”, afirmou Elbia Melo. A presidente também declarou as intenções de em breve incluir a geração solar no processo de certificação. O Instituto Totum será o responsável pelo processo de certificação, que de acordo com a dirigente da ABEEólica, esse certificado não trará custos consideráveis aos empreendimentos.
FONTE: Site Ideal / Jornal da Energia