O Instituto Totum registrou até o momento um crescimento de mais de oito vezes a emissão dos chamados certificados de nicho, que são os Certificados de Energia Renovável com selo REC Brazil. Esses papéis referem-se ao que a instituição chama de terceira onda desses títulos referentes à geração de energia renovável. De janeiro a julho deste ano, foram cerca de 664 mil certificados REC Brazil, contra cerca de 73 mil no mesmo período do ano anterior.

Dentro do programa, o Instituto Totum certifica geradores de energia renovável dentro dos critérios do I-REC e o selo é creditado àqueles com critérios adicionais de sustentabilidade. De acordo com o sócio diretor da empresa, Fernando Lopes, esses títulos são conferidos a empresas que procuram um adicional de sustentabilidade, um passo além da energia renovável.

“Temos a primeira onda que é de empresas que querem energia renovável independente de fonte, na segunda onda é aquela na qual escolhem a fonte e essa é a terceira onda, ou certificados de nicho, que são conferidos a empresas que atendem a pelo menos 5 dos ODSs da ONU”, explicou o executivo.”A empresa que busca o REC Brazil, por exemplo, quer saber se a usina gerou benefícios para a comunidade com a qual se relaciona”, acrescentou.

Essa modalidade de certificação está em crescimento dentro do portfólio de emissões do Instituto, avaliou Lopes. Apesar disso, até o momento são 13 usinas enquadradas nos critérios para a emissão do REC Brazil, algo como 10% do total que pode emitir certificados de energia renovável I-REC. Ano passado essa emissão de nicho respondeu por algo entre 5% a 6% do total de certificados emitidos, mas a expectativa é de que esses certificados respondam por até 25% do total. A maior parte ainda está concentrada nos I-RECs.

Lopes explicou que esse crescimento vem no sentido de que o certificado reduzirem o tempo de compra de energia dessa natureza sustentável. Antes, os consumidores de energia que exigiam esse perfil de geração precisavam fazer uma ampla auditoria para fecharem negócio. Hoje com o REC Brazil, contou, essa fase pode ser descartada ao passo que a geradora possui esse certificado.

Esse título é comum em todo o mundo, mas o mercado nacional ainda é bastante pequeno quando comparado com os dois principais, o dos Estados Unidos e Europa. Ainda mais que por lá já existe regulação, aqui ainda é 100% voluntário.

I-REC

Lopes reforçou que a previsão para o fechamento do ano em termos de emissões de certificados de energia renovável neste ano, os I-RECs está em 5 milhões, o dobro do que foi reportado em 2019. Até o fechamento de julho, comentou ele, o Instituto já havia batido os 2,5 milhões do ano passado. A potência instalada que está apta à emissão ultrapassou os 10 GW ante os 7 GW de dezembro de 2019.

Para este ano ainda não é possível apontar em quanto a capacidade de geração cadastrada ficará. Todo mês são adicionadas quatro ou cinco novas usinas, mas que são de capacidade diferentes, por isso ele ainda não consegue estimar a potência apta ao fechamento deste ano. Disse apenas que deverão fechar com algo entre 140 a 150 usinas que podem emitir o certificado.

FONTE: CanalEnergia

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