Os Certificados de Energia Renovável REC Brazil registraram crescimento recorde em 2020, com aumento de cerca de 800% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a julho deste ano, foram comercializados cerca de 664 mil certificados REC Brazil, contra cerca de 73 mil no mesmo período do ano anterior. Cada certificado equivale a 1 MWh de energia renovável gerada.
“É importante entender que há dois tipos de certificamos com os quais trabalhamos: os I-RECs padrões e os I-RECs com chancela REC Brazil. A diferença essencial é que, no caso do REC Brazil, a usina também é certificada para critérios de sustentabilidade e impacto social de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. No REC Brazil, além de a empresa geradora poder emitir um certificado de energia renovável, ela ainda comprova que tem um impacto positivo do ponto de vista social, de acordo com critérios dos ODS e isso dá ainda mais força para o certificado”, detalha Fernando Giachini Lopes, sócio-diretor do Instituto Totum, que certifica os geradores conforme os critérios do I-REC e também os critérios adicionais de sustentabilidade com a chancela adicional REC Brazil.
Atualmente, são 13 usinas certificadas para emitir I-RECs com o selo adicional, e há mais 6 em processo de auditoria.
Em 2018, foram emitidos 338 mil certificados, somando os I-RECs padrões e os I-RECs com chancela REC Brazil. Em 2019, esse número saltou para cerca de 2,5 milhões. A estimativa para 2020 é chegar a cerca de 5 milhões de certificados emitidos (sendo por volta de 30% com a chancela REC Brazil).
“O que nos chamou atenção é que cerca de 40% dos Certificados de energia transacionados no primeiro semestre foram com o Selo REC Brazil. No ano passado, essa porcentagem foi de pouco menos que 10%”, observa a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum.
Entre os compradores dos certificados estão empresas como Itaú, Vivo, BMW e, mais recentemente, o Grupo Notredame.
O programa REC Brazil foi elaborado em 2011 por um grupo técnico designado pela Abragel e pela Abeeólica, e tem apoio da CCEE, Abraceel e Abiogás.
FONTE: EnergiaHoje