O RE100 é uma organização global de empresas que se comprometem com o consumo de 100% de eletricidade renovável em curto, médio e longo prazos. Porém, quem assina a iniciativa, está sujeito aos critérios técnicos da organização. No final de 2022, o RE100 atualizou seus critérios técnicos e esse artigo cita as alterações mais relevantes para quem vende ou adquire I-RECs no Brasil.
De acordo com os novos critérios, podem ser consideradas como renováveis cinco tipos ou categorias de geração de eletricidade. Energia eólica on shore e off shore), solar (de qualquer tecnologia) e geotérmica são consideradas renováveis sem qualquer restrição. Já a energia advinda de qualquer biomassa (inclusive biogás) e energia hidrelétrica (de qualquer porte) somente podem ser consideradas renováveis se também for “sustentável”. Apesar de não explicitar o que seria avaliado no requisito “sustentabilidade, o RE100 deixa os critérios em aberto e recomenda que o requisito “sustentabilidade” seja comprovado por meio de certificação de terceiros.
Outro fator que afeta o mercado de I-RECs no Brasil, em relação aos novos critérios do RE100, é a exigência de que as empresas adquiram energia elétrica ou garantias de origem de energia elétrica (I-RECs, por exemplo), de empreendimentos com menos de 15 anos desde o início de operações ou repotencialização. Segundo o RE100, a inserção desse limite aumentará a demanda dos membros por nova capacidade de eletricidade renovável e aumentará o apoio a novos projetos renováveis. Sabendo da eventual dificuldade em atender a esse requisito em alguns países, as novas regras consideram uma isenção para até 15% do consumo total de eletricidade global da empresa. Ou seja, 85% do consumo de eletricidade deve ser advindo de usinas em operação há 15 anos ou menos.
Para maiores detalhes, recomenda-se a leitura do documento em: