Boa parte dos produtos disponibilizados no mercado ostenta selos nas embalagens que nem sempre o consumidor sabe o que eles querem dizer. Um deles é o de uma rã, com a palavra “rainforest”. Ele indica que a empresa produziu o item cumprindo técnicas sustentáveis de manejo.

“O selo da rã não indica qualidade, e, sim, que foi produzido dentro de práticas sustentáveis”, explica Fernando Lopes, o entrevistado do programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Online, desta segunda-feira (12/12). Ele é sócio e executivo do Instituto Totum, organismo de certificação que atua no mercado de auditorias independentes, selos e programas de autorregulamentação desde 2004, gerenciando mais de uma dezena de selos e programas de certificação nos mais variados segmentos.

O selo FSC também segue a linha de sustentabilidade, explica Lopes. Presente nos pacotes de papel sulfite, ele indica que o papel foi produzido de uma floresta manejada. “O selo FSC  representa a origem da matéria prima”, informa Fernando Lopes.

“Os selos mais conhecidos pelos consumidores são os que indicam a qualidade”, ressalta o executivo do Instituto Totum. Um deles é o da Associação Brasileira do Café (Abic), que está em praticamente todos os pacotes de café e existe há mais de 25 anos. “O selo da Abic garante que o café daquela embalagem tem um nível de pureza que segue as normas estabelecidas”, acrescenta Lopes. Rotineiramente o café é verificado, garantindo sempre ao consumidor a qualidade. Para tanto, o Instituto Totum compra cerca de três mil embalagens de café por ano nos supermercados e as encaminha para laboratórios que analisam o grau de pureza. “As empresas cuja amostras apresentam problemas são notificadas e podem até serem expulsas da Associação Brasileira do Café.”

Ainda sobre selo de qualidade, Lopes destaca o da mussarela de búfala. A embalagem que ostenta o Selo de Pureza 100% Búfalo assegura que o produto foi produzido sem a adição de leite de vaca. “As próprias empresas podem se diferenciar no mercado ao buscar a autorregulamentação”, explica o executivo do Instituto Totum.

Neste sentido, ele cita uma empresa de piscicultura da Amazônia que contratou o Instituto Totum para atestar a espécie do peixe que cria e comercializa. “Eles querem dar uma garantia adicional aos consumidores de que a espécie é mesmo do peixe que está na etiqueta. Nós atestamos com base no DNA.”

Falando ainda sobre peixe, Fernando Lopes comenta que o instituto fez um estudo em Florianópolis e constatou que um quarto dos peixes comercializados não é o anunciado na embalagem.

Para saber mais sobre a importância dos selos de qualidade, de sustentabilidade, de DNA e outros não perca o programa Consumo em Pauta, comandado por Angela Crespo, que é também editora de conteúdo do site Consumo em Pauta.  Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta, às 9 horas.

FONTE: Consumo em Pauta

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