Para avaliar as mudanças que estão sendo propostas pelo Banco Central (BC), representantes de correspondentes e promotoras de crédito do Rio Grande do Sul se reuniram, em Porto Alegre, para debater as sugestões que envolvem a regulamentação do setor. A categoria mobiliza-se nacionalmente para tentar propor ajustes viáveis na negociação. O encontro, promovido pela Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País (Aneps), avaliou as repercussões de maior impacto para o setor.
A principal mudança diz respeito à forma de pagamento das empresas. A comissão é calculada hoje com base no valor da transação realizada e paga semanal ou mensalmente, de acordo com os critérios de cada banco. Com base na proposta apresentada pela Federação Brasileira de Bancos ao BC, essa remuneração passaria a ser parcelada no mesmo número de vezes do parcelamento do empréstimo, com um período de implementação de 18 meses. “Essa mudança compromete o trabalho dos correspondentes e inviabiliza a folha de pagamento e o recolhimento de impostos. Na prática, ela não é aplicável”, enfatizou o presidente da Aneps, Edison Costa. O setor também está apreensivo em relação à proibição de o promotor de crédito atuar dentro das agências bancárias.
FONTE: Jornal do Comércio de Porto Alegre