A credibilidade do RenovaBio e dos créditos de descarbonização (CBios) criados pelo programa envolve, em grande medida, a confiabilidade das firmas inspetoras autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Afinal, elas são as responsáveis por certificar as usinas e conferir a nota de eficiência energético-ambiental de cada processo produtivo.

Durante a NovaCana Ethanol Conference, que ocorreu em São Paulo nos dias 16 e 17 de setembro, o diretor da ANP, Aurélio Amaral, declarou que a agência constatou que, em alguns processos de certificação para o programa, a firma inspetora agiu como consultora em relação à usina, ação que é considerada incorreta, pois configura em conflito de interesses.

“Não se pode confundir certificadora com consultoria. Estamos atentos a isso, auditando as emissões e os certificados”, declarou. O diretor completou com um alerta: “Não pensem que não temos como checar, já pegamos os primeiros casos e indeferimos as certificações, mandando que fossem refeitas”.

Amaral ainda reforçou a importância das usinas ficarem atentas ao contratarem uma empresa para certificação. Afinal, se for constatado algum conflito de interesses, a agência pode rejeitar o processo e até mesmo aplicar outras sanções – que podem ser desde uma advertência até o cancelamento do credenciamento para atuação no RenovaBio.

Durante o debate, o diretor explicou que o fato que motivou seu alerta foi o preenchimento indevido da calculadora do RenovaBio por uma certificadora, que teria “maior conhecimento e prática no manuseio da RenovaCalc, que não é simples”. Ele explica o ocorrido: “Percebemos que alguns dados foram preenchidos e imputados na calculadora pelo próprio certificador, quando o papel dele é ir até a usina, checar, verificar se a informação colocada pelo produtor – que é quem tem a responsabilidade de preencher a RenovaCalc – está correta e se aquelas informações são verdadeiras”.

Assim, em pelo menos um desses processos, a ANP percebeu que a firma inspetora atuou como consultoria e preencheu os dados. “Quando fomos procurar o responsável técnico pelo preenchimento da calculadora, era alguém da certificadora”, detalha.

Amaral ponderou a sua fala, atribuindo a situação a um processo de aprendizagem: “Acho que foi um erro”. O diretor ainda garantiu que a ANP está fazendo o seu papel de verificação de cada certificação e realizando a auditoria necessária. “A ideia é que tudo isso seja o mais informatizado possível, para que tenhamos a agilidade e a tranquilidade na análise destes dados”, relata.

O novaCana solicitou entrevista com o diretor para maiores esclarecimentos sobre o assunto, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno da assessoria da ANP.

Certificadoras negam acusação

Das seis firmas inspetoras, apenas duas já realizaram consultas públicas para a certificação de usinas: a Green Domus e a SGS do Brasil. Ainda assim, existe a possibilidade de as outras quatro já terem enviado documentações para a ANP, que ainda não as aprovou. Além disso, no momento da declaração de Amaral, o Benri ainda não havia sido autorizada para atuar no programa.

Presente no evento, o sócio-fundador da Green Domus, Felipe Bottini, comentou a polêmica durante sua palestra. “Eu devo me posicionar. Não sabemos quem foi a firma inspetora que fez consultoria, mas sabemos quem não foi: a Green Domus. É bom que vocês saibam disso”, declarou.

Por sua vez, o gerente de negócios de sustentabilidade da SGS do Brasil, Fabian Peres Gonçalves, fez a seguinte declaração sobre o tema: “Sobre essa questão de consultoria, é muito claro que isso não faz parte do nosso escopo de atuação”. Além disso, de acordo com ele, aproximadamente 70% das usinas que são clientes da SGS já possuem consultorias especializadas. “Surgiu um mercado e as usinas têm buscado isso dentro do processo”, relata.

 Procurada posteriormente pelo novaCana, a SGS não quis dar entrevista sobre o assunto e se limitou a afirmar que “não fez serviços de consultoria, conforme caso citado por Aurélio Amaral durante a conferência”.

“Conflito de interesses não é aprendizado”

Felipe Bottini, em entrevista ao novaCana, rebate as ponderações de Amaral e afirma que considera a situação muito grave e distante de “um erro por processo de aprendizagem”. “O princípio da certificação é a independência; ou seja, eu vou verificar o trabalho que alguém fez para ver se está adequado ao programa. Quando a firma inspetora faz a consultoria e também a auditoria, ela passa a verificar o trabalho que ela própria fez”, considera.

Bottini ainda destaca que a questão não é inerente ao RenovaBio, estando presente em todas as certificações. “Se eu certificar, eu não posso fazer a consultoria. O que me deixa preocupado é que isso não é algo novo, já que as certificadoras sabem que não podem fazer isso. É o item número zero da cartilha”, considera.

Ele também declara que a fala de Aurélio Amaral “o obrigou” a reforçar que não foi a Green Domus que realizou a atividade indevida. Além disso, ele considera que a postura da agência foi a falha mais grave no processo. “Não é um problema que se gerencia mandando fazer de novo. Isso é gravíssimo. Não é uma questão de falha técnica”, afirma.

Bottini, porém, pondera ao dizer que está confiante de que a ANP deve dar uma “sinalização clara” de que a atuação como consultoria não pode ocorrer. “A nossa expectativa é que a ANP conduza isso com o rigor do regramento e que tome a medida cabível. Tem que ser exemplar porque o programa está começando”, alega.

“Conflito de interesses não é aprendizado. Essa eu não compro. Certificadoras fazem certificação há 100 anos, todo mundo sabe que não pode fazer isso e que é gravíssimo”, Felipe Bottini (Green Domus)

O diretor técnico do Instituto Totum, Fernando Lopes, reforça que é uma questão de seguir o regulamento: “A regra que foi definida pela ANP nada mais é a que prevê isenção de conflitos de interesses de toda a atividade de certificação no Brasil e no mundo”.

Lopes acredita que a ANP, ao constatar o erro, tomará a ação correta e investigará o nível de criticidade. “Pode ser um simples erro formal, um desentendimento, alguém que fez um preenchimento indevido e nada de grave pode ocorrer. Pode ter sido uma responsabilização da firma inspetora por algo que não deveria”, pondera.

O sócio diretor da KPMG, Ricardo Zibas, por sua vez, tem um posicionamento mais firme e similar ao de Bottini. Para ele, a questão fere os princípios do programa: “O principal risco que você tem é auditar o seu próprio trabalho”.

Zibas ainda aponta que há um desconhecimento da parte das usinas quanto ao trabalho da certificadora. “Fui perguntado várias vezes se a KPMG poderia fazer as duas coisas, pois muitos clientes preferem contratar uma única empresa, porque dá menos trabalho. E tem empresas, que eu não saberia dizer quais são, que se aproveitam disso”, detalha.

Ele corrobora com Bottini ao não considerar o erro que motivou a fala de Amaral como um desconhecimento do processo. “Eu acho que existe um oportunismo”, diz. “Não é desconhecimento da regra no RenovaBio e sim de regra de auditoria”.

O coordenador de projetos do Benri, Thierry Couto, complementa que existem diversas empresas e profissionais que oferecem serviços de consultoria para as usinas em relação ao RenovaBio. De acordo com ele, as usinas necessitam de “apoio e direcionamento”, a fim de “facilitar o caminho para a certificação”.

Ainda assim, ele reforça: “Quem presta serviço de consultoria para um determinado cliente em um certo escopo não pode auditar e certificar este mesmo cliente neste mesmo escopo”.

O peso da certificação

Outra preocupação expressa por Bottini e Lopes é a implicação de uma auditoria feita de forma errônea ou descomprometida. Segundo Bottini, no Brasil, a certificadora dá a última palavra e raras vezes é auditada. “Ela passa a ser a dona da bola e leva isso para todos os programas”, expressa.

Já conforme o diretor técnico da Totum, o cuidado precisa ser redobrado no RenovaBio, pois o resultado da certificação, adiante, se transformará em um ativo financeiro. De acordo com ele, além do Inmetro e da ANP, que são acreditadoras no programa, existem estruturas de mercado que exigem uma credibilidade ainda maior das firmas inspetoras.

“Se alguém começa a desconfiar do método de avaliação, de inspeção, cai tudo por terra. Temos que cuidar bem do nosso mercado”, declara Lopes.

Bottini também compara o programa a outros tipos de certificação, como a de inventário de emissão de gases do efeito estufa, quando a certificadora confere um selo à empresa. Nestes casos, o máximo a ser feito é dar publicidade ao fato. “Se aquela informação está certa ou errada, não tem repercussão, nem consequência”, afirma e contrapõe: “No RenovaBio, a nota que vier no certificado vai virar dinheiro e quem é obrigado a comprar esses certificados quer ter certeza de que está comprando algo legítimo”.

Ainda de acordo com ele, a ANP sabe destas questões e está levando o programa a sério. “É muito mais complicado você negligenciar aspectos de certificação em um programa que mexe com recursos financeiros”, completa.

O preenchimento da calculadora

De acordo com Amaral, o caso identificado pela ANP como a prestação de um serviço de consultoria por uma firma inspetora foi o preenchimento da RenovaCalc, a calculadora do RenovaBio.

“Existe uma pressão grande das usinas, até por falta de entendimento de como funciona o processo, para que quem faça a certificação ajude a preencher [a RenovaCalc]. Essa linha de ‘ajuda’ é muito tênue”, explica Zibas, da KPMG. Ele exemplifica: “A usina só quer saber como faz, quer ‘só uma forcinha’. Mas a resposta é sempre não”.

Bottini, da Green Domus, também considera a linha tênue. Ele detalha que, se a firma inspetora notar que o cliente preencheu a calculadora erroneamente, seu papel é retornar o documento para a usina, que deve consertar. Ou seja, a certificadora nunca poderia preencher ou alterar qualquer campo.

“Eu não posso dizer que valor a usina deve colocar, nem posso gerar um dado para o cliente”, afirma. Segundo Bottini, o máximo que a certificadora pode fazer é dizer onde a usina pode buscar a informação. Porém, ele alerta que essa interação faz parte de uma segunda rodada de análise, quando a usina já preencheu toda a RenovaCalc e a enviou para a firma.

“Agora, se eu entendi bem, o que o Aurélio disse foi que a firma inspetora preencheu a RenovaCalc de saída. Isso é gravíssimo”, diz e completa: “Sei que existem níveis de compromisso de certificadoras no mercado, diferentes níveis de conduta e de exposição a riscos. Agora, nesse nível, eu não esperaria ver, é muito grave”.

Couto, do Benri, concorda que não é permitido que a firma inspetora influencie ou direcione o preenchimento da RenovaCalc. “A responsabilidade pela definição do escopo de certificação e pelo preenchimento dos dados na calculadora é única e exclusiva do produtor de biocombustível. O mesmo vale para as correções de eventuais não-conformidades que são levantadas ao longo do processo de auditoria”, reforça.

Determinando o conflito de interesses

Segundo Lopes, do Instituto Totum, para que não ocorra um conflito de interesses entre a usina e a certificadora é necessário fazer diversas verificações antes de iniciar o processo. Caso elas indiquem que existe o conflito, o correto é negar o serviço.

A primeira destas verificações é analisar se a empresa já fez algum tipo de trabalho para a usina. Se sim, isso não necessariamente se configura como conflito de interesses. “Estou sendo contratado para uma auditoria do RenovaBio, mas eu já fiz auditoria ISO 9000. São duas atividades de certificação”, exemplifica.

Se não há conflitos na primeira verificação, é preciso saber se alguma empresa coligada, próxima ou em que os sócios possuem algum tipo de participação já fez algum tipo de consultoria para a usina. A terceira etapa é conferir se qualquer membro da equipe fez algum tipo de serviço na unidade que será auditada.

“Temos que checar a conformidade dos avaliadores, dos inspetores e de empresas prestadoras de serviço”, declara e relata: “Já tivemos um caso de que a mesma empresa que nos presta serviço para checagem de satélite fez os trabalhos para a usina. Automaticamente eu não posso usar essa empresa”.

Outra situação ocorrida com o Instituto Totum é o funcionário da certificadora ter algum familiar próximo que trabalha na direção da usina. Neste caso, relações familiares nos níveis de operação normalmente não se configuram como conflitos de interesses, mas nos níveis de comando, sim.

O diretor técnico também destaca a importância da postura da equipe da firma inspetora. “A equipe está lá para fazer a inspeção, não para ajudar a usina. As unidades têm que contar com a sua própria competência e, eventualmente, com a de uma consultoria que elas tenham contratado”, determina.

Lopes também relata que já recebeu propostas das usinas para fazer uma pré-avaliação, um procedimento informal. “Também não podemos fazer. Nós nos abstemos de dar qualquer tipo de ajuda ou assessoria; para isso, existem empresas especializadas”, afirma.

O que diz a lei

A proibição das firmas inspetoras atuarem como consultoria está presente na Resolução ANP n° 758, de 23 novembro de 2018, e também em um informe técnico da agência sobre procedimentos para certificação da produção ou importação eficiente de biocombustíveis.

O artigo nº 15 da resolução determina: “Fica vedada a contratação de pessoa física ou jurídica que tenha prestado consultoria relacionada à implementação do processo de certificação de biocombustível ou que tenha feito parte do quadro de trabalhadores, do quadro societário ou atuado como conselheiro da empresa objeto de certificação no período de dois anos anteriores ao início do processo de certificação”.

Responsável técnico pelo RenovaBio na Fundação Carlos Alberto Vanzolini, Felipe Coelho também observa que o informe técnico reforça o mesmo tópico, acrescentando que os profissionais que prestarem serviços de consultoria, ministrarem treinamentos ou realizarem pré-auditoria ao RenovaBio para as usinas não podem atuar no processo de certificação, pois isso também configuraria em conflito de interesses.

“Quando você pega todas as normas, elas sempre têm requisitos relacionados à imparcialidade. Seguimos esses mecanismos há algumas décadas e é normal para nós”, expressa Coelho.

FONTE: NovaCana

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Cada vez mais as empresas brasileiras estão se mobilizando para reduzir, voluntariamente, as emissões de gases do efeito estufa (GEE) resultantes de suas atividades e, desta forma, contribuir para a redução das emissões de carbono e os efeitos do aquecimento global. Segundo dados publicados pelo Protocolo GHG Brasil, 76 empresas na categoria ouro reportaram em 2019 emissões referentes ao ano de 2018.

Dessas 76 empresas, 19 tiveram suas verificações de inventário realizadas pelo Instituto Totum, que participa do Programa GHG desde o primeiro ano (2014), quando foi instituída a verificação oficial referente aos inventários de 2013. Pelo quarto ano seguido, o Totum ocupa a liderança em verificação de inventários na categoria ouro, conforme demonstra a plataforma do Protocolo GHG Brasil. Além dessas empresas do Protocolo GHG, o Totum verificou ainda mais 6 empresas que não reportam atualmente na Plataforma, chegando então ao total de 25 empresas verificadas em 2019,

O selo categoria ouro do GHG é conferido às empresas que publicam seu inventário de forma completa e assegurado por um organismo verificador acreditado pela CGCRE – Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO-, os chamados “OVV”. A chancela de um OVV dá mais credibilidade às declarações de emissões de efeito estufa das empresas, garantindo ao mercado que as informações são verificadas com base em um padrão normativo internacional por uma terceira parte independente.

“Manter a liderança nesse mercado por quatro anos seguidos reflete a qualidade do trabalho técnico desenvolvido, a credibilidade e independência das avaliações realizadas”, afirma Fernando Giachini Lopes, diretor-presidente do Instituto Totum. Ele ainda destaca que nesse ano foi desenvolvida uma plataforma 100% digital para o processo de verificação, inédita no mercado de certificações, e que facilita o trâmite de informações entre a equipe da empresa e a equipe de verificação.

Entre as empresas atendidas pelo Totum estão Caixa, Grupo Fleury, Ipiranga, MRV Engenharia, Nivea, entre outras.

Sobre o Totum

O Instituto Totum é um Organismo de Certificação que atua no mercado de auditoria independente, selos e programas de auto-regulamentação, desde 2006, gerenciando mais de uma dezena de selos e programas de certificação nos mais variados segmentos. Fornece soluções integradas aos clientes, desde a concepção até a execução de projetos concebidos para integrar e desenvolver cadeias de negócios através de selos e certificações setoriais.

FONTE: SEGS

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Em se tratando de desenvolvimento sustentável, empresas de diversos setores no Brasil e no mundo já perceberam que é preciso ir além da busca incessante por crescimento financeiro. É necessário também se comprometer com questões socioambientais, com o futuro que querem deixar para as próximas gerações

Um bom exemplo disso é a crescente demanda por Certificados Internacionais de Energia Renovável (I-RECs), que possibilitam que empresas consumam energia elétrica advindas de fontes comprovadamente limpas e renováveis. Isso é ótimo, pois mostra a responsabilidade das companhias com a mudança de conduta no padrão de consumo energético.

Apesar de ser um produto recente no mercado de energia, a comercialização dos Certificados Internacionais de Energia Renovável cresceu de forma exponencial nos últimos anos. De acordo com dados do I-REC Service, até abril de 2019 foram emitidos 9.1 milhões de certificados. Um aumento de 85% em relação ao ano passado. A estimativa é que o ritmo de crescimento deste mercado continue a acelerar.

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Quando se trata do volume de certificados emitidos, em comparação a outras nações, o Brasil fica atrás apenas da China. O país asiático emitiu 52% de certificados em 2018 enquanto nosso país emitiu 9,6%. Em seguida, aparecem Colômbia com 9,5% e Vietnã com 7,7% de certificados emitidos no período.

Embora a China esteja no topo do ranking mundial de emissões de I-RECs, é o Brasil que detém o maior número de usinas eólicas certificadas. São 102 usinas brasileira contra 74 usinas chinesas.

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A Atlantic Energias Renováveis é um exemplo de atuação nesse mercado de comercialização de energia. Em 2018, a empresa vendeu mais de 8 milhões de I-RECs para a Telefônica, companhia de destaque mundial no setor de comunicação. O contrato de longo prazo (5 anos) traz segurança e foi a primeira grande conquista da Comercializadora da Atlantic. Com isso, a Vivo, empresa da Telefônica, utiliza 100% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis.

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Para se ter uma ideia, dos 74 parques eólicos brasileiros com permissão para emitir I-RECs, 28 são da Atlantic. Cerca de 2.7 milhões de I-RECs são gerados anualmente por nossas usinas em operação. O objetivo agora é buscar contratos mais longos (10 a 15 anos) com empresas tanto no Brasil como no exterior.

O I-REC se tornou um produto de alto valor agregado de sustentabilidade e empresas preocupadas com questões ambientais aumentaram a procura pelos certificados. É uma mudança de comportamento empresarial importante, que se expande a cada dia e associa um enorme valor às marcas.

FONTE: Cenários Eólica

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A certificação da I-REC, reconhecida mundialmente no setor de energia limpa, foi emitida para a usina fotovoltaica Tucana, em Minas Gerais, além de outras três plantas instaladas em telhados do atacadista Assaí no Rio de Janeiro, Goiás e Pará.

Agora, com nove empreendimentos homologados, a GreenYellow é uma empresa nacional de energia solar na plataforma I-REC, tanto em potência instalada quanto em número de sistemas. “É uma grande conquista, porque reconhece nossa dedicação a produzir energia renovável, preservando ao máximo o meio ambiente. Os nossos clientes ganham assim um selo de sustentabilidade, comprovando sua menor emissão de carbono”, comemora Pierre-Yves Mourgue, diretor-presidente da GreenYellow.

Mourgue destaca que, com esta certificação, a GreenYellow é o player nacional no segmento de energia solar que hoje detém nove das dez usinas fotovoltaicas certificadas no Brasil. “Conseguimos emitir certificados de energia renovável para nossas plantas fotovoltaicas sob a modalidade de geração distribuída, de pequeno e médio portes, sem CNPJ próprio ou registro na CCEE, e para sistemas alugados a terceiros – algo novo para os padrões do Instituto Totum”, finaliza.

Vale lembrar que, geralmente, o certificador nacional homologa usinas centralizadas, muitas delas eólicas, com CNPJ próprio, cadastro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e na ANEEL, cuja documentação oficial é facilmente obtida.

FONTE: Portal Solar

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Além da necessidade de concluir a regulamentação do programa – tarefa que cabe à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e ao Ministério de Minas e Energia (MME) –, as usinas também precisam se certificar para iniciar a emissão dos créditos de descarbonização (CBios).

Para isso, as unidades precisam contratar firmas inspetoras cadastradas na ANP. Elas acompanham todo o processo de certificação das companhias e são as responsáveis por garantir que os dados fornecidos correspondem à realidade.

Segundo o sócio-fundador da Green Domus, Felipe Bottini, 29 plantas produtoras de etanol e biodiesel já estão preparando a certificação para o RenovaBio com a empresa. Ainda de acordo com ele, juntas, as unidades interessadas no programa somam uma capacidade de produção de 15,5 bilhões de litros.

Até o momento, no entanto, a única usina de etanol a colocar sua certificação em consulta pública foi a Vale do Paraná – assessorada pela SGS do Brasil (abaixo, confira perspectivas para a emissão de CBios e projeções de rendimentos da usina).

Atualmente, quatro firmas inspetoras já estão aptas para a realização das certificações – e três delas têm presença confirmada na NovaCana Ethanol Conference 2019. A edição deste ano acontece em São Paulo (SP), nos dias 16 e 17 de setembro, e já está com as inscrições abertas.

Na tarde do primeiro dia do evento, além de Felipe Bottini, o coordenador de sustentabilidade da SGS do Brasil, Lucas Engelbrecht, e o diretor técnico do Instituto Totum, Fernando Giachini Lopes, devem falar sobre o processo de certificação e o mercado de CBios.

Após as apresentações individuais, haverá um debate moderado pelo diretor comercial da Alta Mogiana, Luiz Gustavo Junqueira. Na ocasião, os palestrantes também responderão dúvidas dos participantes da conferência.

Usina Vale do Paraná já está com tudo encaminhado

A Usina Vale do Paraná, do grupo Pantaleon, foi a primeira produtora de etanol a submeter sua avaliação para consulta pública. Os dados ficarão disponíveis para receber comentários até 3 de julho no site da SGS.

A usina, localizada em Suzanápolis (SP), submeteu notas de eficiência energético-ambiental para a produção de etanol anidro e hidratado. A princípio, elas foram calculadas em 67 gCO2eq/MJ e 66,6 gCO2eq/MJ, respectivamente.

Os valores representam a quantidade de gás carbônico que deixa de ir para a atmosfera na produção dos biocombustíveis no comparativo com a gasolina. Conforme a SGS, o certificado terá validade de três anos contados a partir da data da emissão.

Além disso, as notas da Vale do Paraná significam que, para emitir um CBio, a unidade precisará comercializar 667,56 litros de etanol anidro ou 703,73 litros de etanol hidratado.

Atualmente, a capacidade diária de produção autorizada pela ANP para a unidade é de 500 mil litros de etanol anidro e 1,07 milhão de litros de hidratado. Desta forma, considerando uma safra de 180 dias, a usina pode produzir 90 milhões e 192,6 milhões de litros de cada biocombustível, respectivamente.

Com isso, o potencial da unidade para a emissão de CBios é de 408.504 títulos por safra – 134.820 com anidro e 273.684 com hidratado.

Considerando o intervalo de preços calculado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), de R$ 17 a R$ 146 por CBio, os rendimentos da Vale do Paraná com a participação no RenovaBio podem ficar entre R$ 6,94 milhões e R$ 59,64 milhões em uma safra. O valor padrão apresentado pelo ministério, entretanto, é de R$ 34. Nesse caso, os rendimentos seriam de R$ 13,89 milhões.

Quem são e para que servem as firmas inspetoras

Para participar do RenovaBio, as usinas que desejam certificar suas rotas de produção devem escolher uma das firmas inspetoras credenciadas pela ANP. Para entrar na lista, as empresas passaram por um processo rigoroso junto à agência, que é a responsável pela fiscalização de todas as etapas do programa.

Entre os requisitos está a obrigação de ter pelo menos três anos de experiência com certificações como Organismo de Inspeção Acreditado (OIA), Organismo de Certificação de Produtos, Processos e Serviços (OCP) ou Organismo de Verificação de Inventários de Gases de Efeito Estufa (OVV). A certificadora também não poderá ter qualquer relação com as usinas, garantindo sua independência de julgamento em relação às atividades exercidas.

Além disso, a empresa deve comprovar que tem ao menos um gerente técnico que assegure as atividades de inspeção (com conhecimento das normas ABNT NBR ISO/IEC 17020, ABNT NBR ISO/IEC 17065 e ABNT NBR ISO/IEC 14065) e outros dois profissionais que, juntos, somem as competências necessárias à certificação.

Por fim, a firma inspetora ainda deve apresentar à ANP uma declaração de confidencialidade por parte da equipe. Este documento especifica que a empresa não auditou ou prestou qualquer serviço no período de dois anos anteriores para qualquer usina.

Para as usinas, uma vez contratada a firma inspetora, é preciso providenciar o acesso aos documentos pertinentes à validação da nota de eficiência energético-ambiental. A nota funciona como um fator multiplicador, que beneficiará processos mais eficientes ambientalmente no mercado de CBios. Sem ela, a usina não pode participar do RenovaBio.

Por isso, além de preencher os dados da RenovaCalc que resultarão na nota, o usineiro deve armazenar todos os documentos referentes ao cálculo por pelo menos cinco anos, bem como registrar anualmente as informações atualizadas. A firma inspetora, por sua vez, irá validar o preenchimento da calculadora e visitará a unidade para conferir pessoalmente as notas fiscais emitidas. Ela também verificará registros fotográficos e os estoques de insumos e matérias-primas do produtor.

Na sequência, a certificadora precisa enviar à ANP os documentos que comprovam a veracidade da nota da usina, além dos registros que evidenciem a vistoria in loco e atas das reuniões da equipe de inspeção. A ANP ainda deve receber a comprovação da realização de uma consulta pública de 30 dias e os comentários resultantes dela, incorporando os que são pertinentes. Todas as usinas precisarão passar por este processo, que permite que a sociedade analise as notas antes do aval final, que cabe à ANP.

FONTE: NovaCana

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A GreenYellow, empresa especializada na oferta de produtos e soluções de energia nas áreas de eficiência energética e energia solar, acaba de obter a homologação de suas plantas fotovoltaicas pela I-REC (Internacional REC Standard), organização internacional que estabelece padrões globais de rastreamento de atributos ambientais de energia. O REC é um certificado de energia limpa reconhecido mundialmente.

No Brasil, a certificação é concedida pelo Instituto Totum desde 2016. A certificação à GreenYellow foi obtida para a usina fotovoltaica Tucana de 4,3 MW de potência, localizada no município de Jaíba em Minas Gerais, e para os sistemas instalados em oito telhados da atacadista Assaí, em unidades localizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Paraná e Pará.

“É uma grande conquista, porque reconhece nossa dedicação a produzir energia renovável, preservando ao máximo o meio ambiente. Os nossos clientes ganham assim um selo de sustentabilidade, comprovando sua menor emissão de carbono”, comemora Pierre-Yves Mourgue, diretor-presidente da GreenYellow. 

Segundo ele, a GreenYellow é o player nacional no segmento de energia solar que hoje detém 9 das 10 usinas fotovoltaicas certificadas no Brasil. “Conseguimos emitir certificados de energia renovável para toda a produção gerada a partir de 8 de maio de 2018 no que tange nossas plantas fotovoltaicas sob a modalidade de geração distribuída, de pequeno e médio portes, sem CNPJ próprio ou registro na CCEE, e para sistemas alugados a terceiros – algo novo para os padrões do Instituto Totum”, destaca Mourgue. Normalmente, o certificador nacional homologa usinas centralizadas, muitas delas eólicas, com CNPJ próprio, cadastro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e na ANEEL, cuja documentação oficial é facilmente obtida.

Esta iniciativa reforça a cultura da GreenYellow em buscar a excelência na gestão dos ativos da companhia. 

Sobre a GreenYellow

A GreenYellow é especializada em Eficiência Energética e em Energia Solar. De origem francesa, a empresa tem operações em oito países e possui um portfólio de Eficiência Energética com mais de 2 mil projetos implementados em todo o mundo, sendo mais de 700 deles no Brasil, onde opera desde 2013. A economia de energia com os projetos da GreenYellow até dezembro de 2018, em todo o país, totalizou 573 GWh, o suficiente para abastecer mais de 230 mil casas em um ano. A companhia viabiliza seus projetos por meio de investimentos próprios e garante a seus clientes uma economia líquida durante a vigência do contrato. Mais informações: http://www.greenyellowbr.com/.

Entre seus clientes atualmente estão Extra Supermercado, Lopes Supermercado, Minuto Pão de Açúcar, Pão de Açúcar, Assaí Atacadista, Via Varejo, Leroy Merlin, entre outros.

FONTE: Jornal Dia Dia

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Seminário Técnico da ABiogás divulga potencial de biogás em aterros sanitários e discute modelos de negócios para a geração distribuída, substituição do diesel e formas de expansão do biogás.

A Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), divulgou, durante o Seminário Técnico ABiogás sobre os modelos de negócio para a nova geração do biogás e as oportunidades para o pequeno e grande produtor, em São Paulo, dados inéditos sobre a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), sua destinação final e o potencial de produção energética desperdiçado no Brasil.

A iniciativa marcou o início da parceria institucional entre as duas entidades. “A ABiogás e a ABRELPE têm missões complementares. Uma busca aprimorar a gestão de resíduos e a outra busca valorizar energeticamente os resíduos orgânicos, possibilitando novas fontes renováveis energéticas”, destacou Carlos R. V. Silva Filho, diretor presidente da ABRELPE.

Os dados mostram que o Brasil destinou mais de 42 milhões de toneladas de resíduos sólidos para aterros sanitários em 2018. Considerando que apenas 75% do volume de biogás gerado em aterros sanitários consegue ser captado, a ABiogás e ABRELPE estimam que o Brasil captou 4,213 bilhões de Nm³ de biogás. Porém, apenas 9% deste potencial foi utilizado para geração de eletricidade (751 GWh) e menos de 2% produziu 35 milhões de Nm³ de biometano.

Agora, se toda a matéria orgânica gerada em 2018 tivesse sido destinada para aterros sanitários, o potencial do país poderia abastecer 49 milhões de residências ou fazer mais de dual mil viagens à Lua de ônibus (considerando que um ônibus percorre em média 5 km por litro de diesel ou 1,02 NM³ de biometano).

Para Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás, os números reforçam o potencial de expansão do setor de biogás. “Esses números consideram apenas uma fonte de matéria-prima para a produção de biogás e é possível ver o quanto ainda podemos evoluir. O setor de biogás tem um vasto e promissor futuro pela frente e a ABiogás está reunindo todas as forças possíveis para que este potencial vire realidade o mais rápido possível”, destacou.

Seminário Técnico

O evento contou com a participação de Marcos Penido, secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que abriu a programação ao lado de Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás e Cícero Bley, presidente emérito da Associação, Secretário Executivo do Conselho Temático de Energia da Federação das Indústrias do Paraná e proprietário da Startup Bley Energia Estratégias e Soluções. “São Paulo tem na sua história a vocação por desbravar e aqui eu vejo “bandeirantes” e desbravadores que estão mudando a história da energia no Brasil. O nosso estado vai ser um dos grandes motivadores dessa busca que vai mudar a qualidade de vida dos nossos cidadãos”, ressaltou Marco Penido.

Gardemann comemorou a realização do Seminário dentro da ExpoBiogás, espaço inédito e exclusivo para o setor, dentro da Ecomondo, feira de soluções e tecnologias sustentáveis. “A Associação busca sempre crescer e evoluir e estar aqui, com lista de espera para entrar, mostra que estamos no caminho certo”, reforçou.

O Seminário Técnico teve três painéis. O primeiro teve a moderação de Bruno Casagrande, da UNIDO, e abordou os modelos de negócios para a geração distribuída (GD). Manuel Flóres Sarmiento, da Lonjas Tecnologia, apresentou um case de planta fora do Brasil. A empresa é reconhecida pela construção de plantas de geração e cogeração de biogás e está no Brasil desde 2001. “A vantagem da cogeração é ter o melhor aproveitamento possível. Na nossa planta produzimos energia elétrica, biometano e biofertilizante”, afirmou.

Melina Ushida, ASJA Brasil, anunciou a construção da segunda planta na modalidade GD, que vai gerar 2,8 MW e começará a operar em 2020. Atualmente, a ASJA tem cinco plantas no Brasil e 21 na Itália.

O Instituto Totum, parceiro institucional da ABiogás, foi representado por Fernando Lopes e apresentou os I-REC, sistema internacional de rastreamento de atributos ambientais de energia com padrões internacionais de contabilidade de carbono. Desta forma, permite a todos os usuários de eletricidade a fazerem uma escolha consciente com garantia de que estão consumindo energia renovável.

No período da tarde, o painel 2 “Modelos de Negócios para a Substituição do Diesel pelo Biogás” reuniu representantes do mercado, Governo e contou com a mediação da Profa. Dra. Suani T. Coelho, pesquisadora do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), da Universidade de São Paulo (USP). Rodrigo Régis, da CIBiogás, destacou a dependência do Brasil na importação de diesel, que em cinco anos, gastou US$ 51 bilhões e como o biogás pode ser uma opção para a segurança energética nacional. “Precisamos buscar uma nova economia, entendendo o mercado, o nosso potencial de energia, o cenário de negócios e o ambiente tecnológico. Assim, veremos que o biogás pode contribuir para acabar com os problemas mais sistêmicos do Brasil”, reforçou.

Artur Milanez, do BNDES, registrou a mudança das empresas interessadas em linhas de crédito do Banco. “Antigamente o perfil era de universidades e pequenos produtores preocupados com os seus resíduos. Hoje, recebemos empresas que tem como objetivo a geração de energia e não somente a destinação de resíduos”, destacou.

Representantes da Scania e Convergas apresentaram os cases das empresas na utilização de biometano em veículos pesados. Paulo Moraes, da Scania, reforçou que a Suécia é exemplo para o Brasil e garantiu que os veículos a biometano já estão disponíveis para serem comercializados. O representante da Convergas, André Bermudo, contou a trajetória de sua empresa, que começou com a conversão dos motores de automóveis para a utilização de GNV. Atualmente, a empresa é focada em caminhões e ônibus e viabiliza para a aplicação dos tubos nos veículos.

O último painel do Seminário Técnico ABiogás reuniu representantes das empresas Cegás, Ecometano, Cocal e Evonik e apresentaram os modelos de negócio para a expansão do biogás.

Hugo Santana de Figueirêdo Junior, diretor presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), mostrou como a parceria público-privada possibilitou tornar a cidade de Fortaleza a ser a primeira a ter distribuição de gás natural renovável oriundo de aterro sanitário a injetar na sua rede de distribuição. “Atualmente, a Cegás recebe 75.000 m³/dia de GNR, o que permite a redução de 610.000 toneladas equivalentes de CO2 por ano, além de oferecer aos seus clientes (residenciais, comerciais, industriais, automotivos) um produto renovável “, destacou.

André Gustavo Alves da Silva, controller da Cocal, apresentou o projeto da unidade de Narandiba, em São Paulo, que em parceria com a Neo Energética e a Gás Brasiliano, está produzindo uma planta de biodigestão, que deverá ficar pronta e começar a funcionar em agosto de 2020. O biogás produzido será destinado para a Gás Brasiliano, responsável pela distribuição do gás natural (GN) canalizado na região Noroeste do Estado de São Paulo, para a geração distribuída (GD) e para o consumo interno da Cocal, que usará para o abastecimento de sua frota com mais de 700 veículos, entre caminhões, tratores, colhedoras e moto-bombas.

Camila Farias, da Evonik, falou sobre todas as soluções disponibilizadas pela sua empresa, que foi uma das parceiras da Cegás. “Os tubos em Poliamida 12 para distribuição de biometano não têm a necessidade de adequação de equipamentos, já que usam os mesmos equipamentos do sistema de Polietileno. Eles reduzem em 31% os custos de instalação na comparação com aço carbono e são mais produtivos porque são 1.8 mais rápidos”, reforçou.

Luciano Vilas Boas, da Ecometano, que tem dois aterros sanitários, um no Ceará e o outro no Rio de Janeiro produzindo biometano, falou sobre a venda de GN para distribuidoras locais, seus obstáculos, consequências e vantagens. “Quanto maior a distância de gasodutos e do litoral brasileiros, maior é a vantagem competitiva do biometano. Custos logísticos com o carregamento por carretas para distâncias maiores do que 500km aumentam consideravelmente os valores de fornecimento de combustíveis fósseis”.

O Seminário Técnico da ABiogás foi patrocinado pela Aperam, empresa de soluções em Aço Inoxidável. Em sua apresentação, Cassio Zampol, gerente executivo para o desenvolvimento de negócios, celebrou a primeira parceria com a Associação e a possibilidade de apresentar para o mercado de biogás alternativas de material adequado com operação rentável e maior durabilidade das máquinas.

FONTE: ABiogás

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A função das firmas inspetoras é realizar a certificação da produção eficiente de biocombustíveis, que caracteriza a entrada das usinas no RenovaBio e permite a emissão de créditos de descarbonização (CBios).

Conforme a ANP, com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), a empresa já está apta a atender demandas de certificação de produtores. Esta é a terceira empresa aprovada pela agência, que já havia autorizado a Green Domus Desenvolvimento Sustentável e a SGS ICS Certificadora.

O Instituto Totum não é desconhecido do setor sucroenergético, especialmente por coordenar o programa de Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC, ou International Renewable Energy Certificate). Em março de 2018, a unidade Conquista do Pontal, da Atvos, foi a primeira empresa geradora de energia de biomassa do Brasil a obter o certificado.

O I-REC possui uma lógica similar ao RenovaBio. De acordo com a companhia, trata-se de uma plataforma internacional de transações que permite aos consumidores adquirirem o certificado de uma energia de fonte renovável rastreada para compensar as emissões pelo consumo de energia de origem fóssil ou de difícil comprovação de origem.

Desta forma, grandes empresas podem alcançar metas de aumento de energia renovável sem a necessidade de investimento em geração de energia própria. Cada I-REC equivale a 1 MWh de eletricidade produzida. Dentro do RenovaBio, por sua vez, cada CBio equivale a uma tonelada de carbono que deixa de ir para a atmosfera por meio de biocombustíveis.

FONTE: NovaCana

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O Instituto Totum está credenciado desde dezembro do ano passado como “entidade certificadora” pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda para realizar auditorias no âmbito do Programa Pró-Gestão. O objetivo do Pró-Gestão é incentivar os RPPS a adotarem melhores práticas de gestão previdenciária, que proporcionem maior controle dos seus ativos e passivos e mais transparência no relacionamento com os segurados e a sociedade.

Os RPPS são constituídos mediante lei de cada ente federativo, com a finalidade de prover os direitos previdenciários dos servidores públicos titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, devendo assegurar o caráter contributivo e solidário e o equilíbrio financeiro e atuarial, em consonância com os preceitos dos artigos 40, 149, § 1º e 249 da Constituição Federal.

A adoção de boas práticas de gestão evita a descontinuidade ou retrocesso na administração dos recursos em caso de mudanças decorrentes de interesses políticos, garantindo a concessão e manutenção dos benefícios previdenciários dos segurados.

“Estamos recebendo muitos pedidos de propostas para fazer a certificação RPPS. Trata-se de um mercado potencial muito grande”, afirma o presidente do Instituto Totum, Fernando Giachini Lopes. Até agora 118 entes federativos aderiram ao Pró-Gestão, mas esse número, diz ele, tende a crescer muito considerando que há uma preocupação crescente em melhorar a governança e a sustentabilidade da gestão dos investimentos. O Instituto Totum está focado na capacitação técnica dos auditores que farão o trabalho, assim como na implementação de uma plataforma eletrônica exclusiva para registro do processo de auditoria.

O Brasil tem cerca de 2.100 RPPS, com quase 10 milhões de segurados, entre servidores ativos, aposentados e pensionistas, e são responsáveis pela gestão de recursos acumulados superiores a R$ 200 bilhões.

A certificação oferece várias vantagens para as organizações tais como: melhoria na organização das atividades e processos; aumento da motivação por parte dos colaboradores; incremento da produtividade; redução de custos e do retrabalho, transparência e facilidade de acesso à informação, perpetuação das boas práticas, pela padronização e reconhecimento no mercado onde atua.

Como é feita essa certificação?

O Pró-Gestão RPPS contempla três dimensões, que representam os pilares sobre os quais a modernização da gestão se sustentará: Controles Internos, Governança Corporativa e Educação Previdenciária. Cada uma dessas três dimensões possui um grupo de ações relacionadas, a serem cumpridas pelo RPPS. A Certificação é concedida em Níveis, em função do grau de implantação das práticas recomendadas.

Os representantes legais do ente federativo e da unidade gestora do RPPS, por meio da assinatura do Termo de Adesão ao Pró-Gestão RPPS, deverão enviar à Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda se têm interesse em aderir ao programa e posteriormente poderão contatar o Instituto Totum para avaliar os processos do RPPS e o cumprimento dos requisitos para a obtenção da certificação no nível pretendido.

Sobre o Instituto Totum

O Instituto Totum é um organismo de certificação que atua no mercado de auditorias independentes, selos e programas de autorregulamentação desde 2004. Fornece soluções integradas aos clientes, desde a concepção até a operacionalização de projetos que visam a integração e o desenvolvimento das cadeias de negócios, por meio de selos e certificações setoriais. Atualmente, gerencia mais de uma dezena de selos e programas de certificação nos mais variados segmentos.

FONTE: SEGS

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As fábricas do BMW Group Brasil, em Araquari (SC) e Manaus (AM), contam com a utilização de energia proveniente de fontes renováveis, promovendo a redução das emissões de CO2 em suas atividades. Neste contexto, a empresa conquistou a certificação I-REC, um instrumento de compensação do consumo de energia elétrica proveniente de fontes que emitem CO₂ na atmosfera. Desde o início deste ano, a energia das fábricas de Araquari e de Manaus é proporcionalmente compensada pela geração no Complexo Eólico de Morrinhos, em Campo Formoso (BA).

Seguindo sua estratégia Global de Sustentabilidade Corporativa, o BMW Group concentra suas atividades de proteção ambiental não apenas nos produtos, onde é líder global na venda de veículos premium eletrificados, mas também nas emissões provenientes de sua cadeia de produção. Um dos objetivos do BMW Group é alcançar uma produção livre de CO₂ em todo o mundo. Nesta direção, um marco importante foi alcançado em 2017: pela primeira vez na Europa, toda a eletricidade comprada veio de energias renováveis. O objetivo é que as demais unidades sigam o exemplo até 2020.

O Departamento de Operações do Brasil (PA-44) iniciou, também em 2017, um minucioso trabalho de pesquisa das opções técnicas para atingir esse objetivo. Após a validação do estudo, foi firmado um contrato para emissão dos certificados de energia renovável com a intenção de cobrir os consumos nos ambientes produtivos no período entre 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2020, sob a chancela do Instituto Totum, o emissor local de I-RECs no Brasil.

“Essa conquista é estratégica, pois reflete de forma prática a aplicação de ações globais de combate às mudanças climáticas no Brasil. Temos a convicção de que o crescimento sustentável, aliado à preservação dos recursos naturais, é possível, sim. Participar de iniciativas como a certificação I-REC nos permite estimular as boas práticas que visem assegurar o futuro das próximas gerações”, avalia Gleide Souza, diretora de Relações Governamentais do BMW Group Brasil.

As fontes renováveis

A energia fotovoltaica (solar) e a eólica (proveniente dos ventos) são fontes renováveis de energia elétrica. Estas, dispensam a queima de combustíveis fósseis, fontes de emissão de CO2, que por sua vez provocam o efeito estufa. Hidrelétricas e usinas que geram energia por meio de biomassa, como o bagaço de cana, também são exemplos de fontes potenciais de energia mais limpa.

Os RECs

Os certificados de energia renovável (REC) funcionam como um sistema global de rastreamento de atributos ambientais de energia, projetado para facilitar a contabilidade confiável de carbono. Cada REC equivale a 1 megawatt hora. Possuir a certificação permite afirmar que a energia utilizada é compensada por uma fonte renovável.

Sobre o BMW Group

Com suas quatro marcas BMW, MINI, Rolls-Royce e BMW Motorrad, o BMW Group é o fabricante líder mundial de automóveis e motocicletas e também fornece serviços financeiros e de mobilidade premium. Como uma empresa global, o BMW Group opera 31 instalações de produção e montagem em 14 países e possui uma rede global de vendas em mais de 140 países.

Em 2017, o BMW Group vendeu cerca de 2.463.500 milhões de automóveis e 164.000 motocicletas em todo o mundo. O lucro antes de impostos em 2017 foi de aproximadamente 10,65 bilhões de euros em receitas de 98,678 bilhões de euros. Desde 31 de dezembro de 2017, o BMW Group tinha uma força de trabalho de 129.932 colaboradores.

O sucesso do BMW Group sempre foi baseado no pensamento de longo prazo e em uma ação responsável. Portanto, a empresa estabeleceu a sustentabilidade ecológica e social em toda a cadeia de valor, a responsabilidade abrangente de produtos e um claro compromisso com a conservação dos recursos como parte integrante da sua estratégia.

FONTE: SEGS

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