Neste sábado (15), começa a Copa das Confederações no Brasil, a preparação para a Copa do Mundo de 2014. Está prevista a emissão de 11,1 milhões de toneladas de CO2, nas obras de preparação para o Mundial, e mais 3 milhões durante o torneio. Estes grandes eventos têm sido pressionados a compensarem suas emissões de gás carbônico, com compra de créditos ou plantio de árvores.
Em um evento com emissão de 13,01 toneladas de CO2, foram necessárias 53 árvores plantadas. No caso da Copa, seria preciso cerca de 53 milhões de árvores.
“Existem várias opções para a compensação de emissões, seja de eventos, seja de processos produtivos ou empresas. O interessado pode adquirir créditos de carbono, que são reduções de emissões padronizadas, na qual cada crédito de carbono adquirido significa a redução de uma tonelada de CO2. Essas reduções de emissões são padronizadas no âmbito da ONU (por meio do mecanismo de MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) ou no mercado voluntário (por meio de ONGs ou organizações que definem padrões aceitos pelo mercado). O interessado também pode fazer uma ação de plantio de árvores. O processo de plantio e crescimento de uma árvore, ao longo de seu ciclo de crescimento, seqüestra CO2 da atmosfera, em função do processo de fotossíntese. Essa ação muitas vezes se reveste de mais materialidade do que a compra de créditos de carbono, além de ser até certo ponto melhor entendida pelo público interessado. Um item adicional são os benefícios colaterais em função da preservação da biodiversidade decorrente do plantio em áreas degradadas”, explica o diretor do Instituto Totum, Fernando Giachini Lopes.
O Estudo de Impacto de Emissões em CO2 Equivalente da Copa 2014, da consultoria Personal CO2Zero, indica que o transporte aéreo será o maior agente de emissão durante a Copa, sendo responsável por 60% dos gases. Em junho, a Fifa anunciou que investirá US$ 20 milhões para que o Mundial no Brasil seja sustentável.
São Paulo, Salvador, Natal e Rio de Janeiro respondem por 56,7% das emissões estimadas, considerando a construção de estádios e investimentos em infraestrutura (mobilidade e aeroportos).
O Instituto Totum, por exemplo, é um dos que fornece o serviço de plantio de árvores para neutralizar as emissões e emite um selo atestando a quantidade de CO2 retirado da atmosfera. De 2007 a 2012, já foram plantadas 27.169 árvores com o sequestro de 4 milhões de toneladas de carbono ao longo de 20 anos.
FONTE: UOL / BOL / Ambiente Brasil / Portal Remade / Portal ABES-SP / CI Florestas / Rádio Evangelho